Conheça duas mulheres americanas que são referência na ciência e astronomia até na NASA
Entre sair de casa para ir ao cinema e sair do planeta para ir a Marte ou à Lua, qual você preferiria? Para essas duas mulheres, não há dúvida. De acordo com texto publicado no Jornal Exame em 2022, a NASA, além de prometer a maior participação feminina pelo projeto Ártemis, também levará pela primeira vez uma astronauta negra à Lua.
Quando se fala da história da Lua e Marte, não se pode deixar de falar de Mae Jemison e Jessica Watkins. Mae Jemison, a primeira mulher negra que foi ao espaço e Jessica Watkins, também negra, que pode ser a primeira pessoa a ir à Lua e a Marte, superaram uma grande barreira para a representação e evoluíram e continuam evoluindo a ciência a cada passo. A jornada de ambas tiveram numerosos empecilhos, obstáculos e contratempos, porém nenhuma das duas desistiu de seus sonhos e esperanças. As astrônomas continuaram a persistir, teimar com a sociedade e insistir até que elas viraram história.
Para Mae, o sonho de pisar na Lua foi existente desde sua infância. De acordo com texto publicado no Fantástico, quando criança viu Neil Armstrong pisar na Lua e decidiu que iria logo depois. Mae sempre foi uma menina muito determinada que fez duas faculdades e aprendeu quatro línguas. Depois de muito tentar, fazer campanhas e ligar para a própria NASA, Mae conseguiu. Se tornou a primeira mulher negra a ir ao espaço e pisar no único satélite natural da Terra, a Lua. Um único passo de Jemison abriu portas que permanecerão abertas para muitas mulheres.
Watkins, por sua vez, nasceu em Washington, cresceu no Colorado e estudou na Califórnia. Em uma bolsa pelo seu pós-doutorado, trabalhou na missão do rover Curiosity, da NASA; o que aumentou seu entusiasmo com Marte. De acordo com ela, “percebi que era o que eu queria fazer para o resto da minha vida e o que eu queria estudar”. Depois disso, trabalhou e estudou para se tornar geóloga, cientista e depois logo se tornou astronauta. Como Mae, Jessica também é uma mulher que sofreu com a falta de representação, porém logo alcançou a barreira. “Será um passo importante para a agência, para o país e até para o mundo”, disse ela. “Representação é importante. É difícil se tornar o que você não vê.”
Além de serem mulheres negras, a curiosidade e o modo que foram tratadas é similar. Ambas sempre viram o espaço como uma tela de possibilidades e oportunidades. Ambas sempre lutaram para ser vistas. Ambas estiveram na NASA e passaram por muitos obstáculos até chegar lá. Watkins foi a primeira mulher a realizar uma missão de longa duração na ISS, e isso porque as missões Apollo apenas levaram homens brancos à Lua, de acordo com a revista Exame. No caso de Mae Jemison e Jessica Watkins, são duas barreiras a serem superadas: a representatividade feminina e o reconhecimento negro. De 1959 a 1969, 100% das pessoas da Nasa eram homens. Em 2017, o índice caiu para 55%, de acordo com o gráfico abaixo do site Statista. Em adição, ao longo das últimas duas décadas, o número de mulheres nessa empresa de aeronáutica cresceu, e continua crescendo. Porém, ainda não é uma vitória determinante. Somados todos os astronautas a irem ao espaço, a minoria é feminina; apenas 11,77% dos cosmonautas a irem ao espaço são mulheres. Na NASA, um terço dos trabalhadores são mulheres, de acordo com pesquisa publicada na revista Veja.
Depois de tanto trabalho e dedicação, é importante ver resultados. Até porque, como Mae disse em uma entrevista para o Chicago Sun-Times em 1994, “nunca se limite pela imaginação limitada de outras pessoas.” É importante sonhar, e mais ainda realizar. Quando foi pedido para Watkins definir o trabalho de uma astronauta ela informou: “cada um de nós tem esse senso de exploração e desejo de continuar ultrapassando os limites do que os humanos são capazes. Acho que é algo que nos une. “Não tenha medo de sonhar grande”, diz. “Você nunca sabe quando seus sonhos se tornarão realidade.”
