Eddy Jr. sofre racismo em São Paulo

Em seu novo apartamento, Eddy Jr. recebe comentários racistas de mulher paulista

Eddy Jr. comenta ao Fantástico depois de sofrer ataques racistas. Fonte: Globoplay.

Neste domingo, dia 23 de outubro de 2022, o famoso influenciador Eddy Jr  sofreu ataques racistas de sua vizinha em seu apartamento em São Paulo. Eddy tem 1,9 milhão de seguidores no Instagram e 2 milhões no Tik Tok. Ele se popularizou na internet ao postar muitos vídeos engraçados fazendo trocadilhos. Tudo começou quando ele se mudou para seu apartamento na zona Oeste da capital. “Eu me mudo para um lugar melhor para começar a trabalhar, pago para ter minha paz, ter mais segurança, e acontece nesse tipo de coisa, entendeu?”, diz o humorista.

De acordo com o Fantástico, no livro de ocorrências do prédio a vizinha também acusou Eddy de invasão e roubo, porém, ele não conhecia a mulher, e só descobriu que foi Elisabeth Marrone no dia 31 de agosto, quando foi ofendido. Nos dias seguintes, ele estava em sua casa com uma amiga, quando ele ouve a campainha tocar, e ele vai olhar nas câmeras de segurança para ver quem era, e vê o filho da vizinha segurando uma faca, e para assustar Eddy, o homem dá vários golpes na parede do elevador. Seis dias depois Elisabeth e seu filho aparecem na porta de Eddy novamente segurando armas brancas, porém dessa vez ele não está em, só que sua vizinha grava as ofensas por trás da porta.

De acordo com o Fantástico, quando Eddy chega em casa sua vizinha o manda o vídeo, ele imediatamente liga para a polícia. Por um tempo as denúncias pararam até terça-feira, dia 18 de outubro, quando eles se encontraram na portaria do prédio, e foi brutalmente xingado pela vizinha. A causa para isso é a queixa de Elisabeth, ela diz que Eddy faz muito barulho de madrugada, porém os vizinhos de Eddy negam que ele faça barulho, e outra moradora do prédio também relatou ataques racistas por Elisabeth. Agora, os moradores do prédio vão se reunir e discutir o que vai acontecer com Elisabeth, mas por enquanto  ela está proibida de chegar perto de Eddy.

De acordo com Júlia Andrade, Nayara Cruz também é uma moradora do prédio de Eddy, e ela também diz que sofreu ataques racistas por Elizabeth. “Ela me abordou questionando por que eu estava na academia, que era uso restrito de moradores. Eu disse que morava lá, e ela me perguntou quanto eu paguei no apartamento.

 De acordo com o jornalista Carlos Henrique, no dia 20 de outubro, manifestantes se reuniram em frente a casa de Eddy contra a moradora acusada por ofensas a Eddy e Nayara. O protesto reuniu artistas como Paulo Vieira, Astrid Fontenelle, ativistas, representantes da Uniafro entre outros.

De acordo com o G1, uma pesquisa feita pelo Grupo Carrefour Brasil revela que 61% dos brasileiros já viram uma pessoa negra sendo discriminada em lojas, supermercados e shoppings. Entre a população negra e parda o número sobe para 71%. A pesquisa também mostrou que a população considera o Brasil um país racista, mas que individualmente não se vê preconceituosa. Os entrevistados também disseram que os negros estão mais propensos a atos de violência como abuso policial. De acordo com a Secretaria de Justiça, em São Paulo, cidade de Eddy, já foram registrados mais casos de racismo entre janeiro e abril de 2022 do que em todo o ano passado.

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