Saúde mental de crianças é comprometida ao serem rejeitadas pelos próprios pais

Estudos feitos por especialistas apontam que filhos rejeitados estão sujeitos a serem mentalmente comprometidos. ​​

      Criança triste e chorando  (Foto: Thinkstock)   Disponivel em: Revista Crescer                          

Uma pesquisa realizada pela Agência Brasil  mostra que mais de 100 mil crianças nos primeiros 7 meses de 2022 não receberam o nome do pai, totalizando 1.526.664 recém-nascidos. Desse modo,6,5% do total de recém-nascidos no país têm apenas o nome da mãe na certidão de nascimento. O presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli,fala que “Ambos, pai e mãe, são responsáveis pela criação dos filhos e possuem responsabilidades que precisam ser compartilhadas. Obviamente cada família vive uma realidade diferente, mas são dados substanciais que podem embasar as políticas públicas”, diz ele. 

De acordo com o blog SBIE, por meio de um estudo realizado por Rodrigo Fonseca, crianças que vivem a rejeição estão sujeitas a sofrer com sinais de depressão que incluem irritabilidade, perda de interesse e isolamento social. Estes sinais podem ser acompanhados por sintomas físicos, como dificuldade para dormir, problemas digestivos, alterações no apetite e cansaço, disse uma pesquisa publicada pelo Medical Knowledge Team. Isso é visto no livro “Betty Before X”, que conta a história de uma garota chamada Betty, que se sente rejeitada pela sua mãe e pelo seu pai, que não a desejam, pois a menina foi fruto de um relacionamento entre uma adolescente e um homem de 21 anos. O livro mostra diversos sentimentos que se encaixam perfeitamente com o que foi dito no estudo, como a baixa autoestima e várias inseguranças e pensamentos nos quais as crianças são obrigadas a digerir, como a sensação de que não é amada e desejada pelos pais, o que acontece frequentemente no cotidiano e no livro, onde a mãe ou o pai desconta toda essa raiva e rejeição na criança de forma física e psicológica.  

Segundo um artigo feito por Ellen Montanari no Blog Leiturinha, a especialista diz que costumam surgir os primeiros sintomas de transtornos mentais, que podem se agravar de forma considerável na vida adulta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), metade das doenças mentais começam aos 14 anos e a maioria dos casos não é detectada nem tratada. O secretário-geral da ONU aponta  que “durante muito tempo a saúde mental tem sido um tema secundário, apesar dos impactos arrasadores sobre comunidades e jovens de todos os lugares”. Mas felizmente a agência da ONU diz que “Cresce o reconhecimento da importância de ajudar os jovens”. A OMS acredita que proteger o bem-estar do adolescente traz benefícios à sua saúde, mas também às economias e à sociedade. 

O artigo da psicóloga Ellen Montanari , postado no Blog Leiturinha “é necessário compreender os contextos nos quais elas estão inseridas, afinal, as causas mais comuns para doenças mentais nas crianças são o bullying, excesso de exposição a telas, falta de afeto, cobrança exagerada da família e até traumas e violência”. Ela ainda diz que é um papel crucial dos pais apoiar e observar cada parte do desenvolvimento infantil. A especialista também dá algumas dicas de quando procurar um profissional. e acordo com ela, “é preciso observar as crianças e prestar atenção a sintomas que se mantenham por duas semanas ou mais. Caso as alterações de comportamento permaneçam durante este período, é indicado buscar ajuda médica, como o apoio de um psicólogo ou psiquiatra infantil”. Ellen também acredita que é importante não somente para as crianças com algum tipo de transtorno mental ler livros infantis com os pais, o que para os pequenos, os livros sempre vão trazer alguma lição para as crianças, que vão levar para a vida inteira, além de fortalecer os laços de conexão com os pais. 

De acordo com todos esses estudos e pesquisas, o comportamento dos pais reflete diretamente em vários aspectos na vida da criança, até mesmo na vida adulta, onde a criança pode repetir os mesmo comportamentos e costumes, pois é o único exemplo que elas têm de um adulto.         

   

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