Terrorismo em Moçambique é uma preocupação da população desde 2017

O terrorismo e sua realidade aterrorizante no país africano

Moçambique é um país localizado no sudeste da África, abrigando grandes reservas de petróleo, gás natural, carvão, ouro, bauxita e outros minérios. A língua predominante é o português. Moçambique está sendo alvo do terrorismo islâmico nos últimos anos.

  Os ataques começaram em 2017, o aumento no número de mortes tem deixado a população apavorada e com muito medo, de acordo com o site crbnacional.org.br , recentemente terroristas acabaram tomando um porto, após ataques em Mocímboa da Praia. Ataques terroristas vêm ocorrendo, sendo que em quase três anos, já houve conflitos armados em mais da metade dos 17 distritos da província de Cabo Delgado. Essa província se localiza no norte moçambicano, região que é considerada a mais perigosa em um dos países com mais brasileiros na África.

Casas destruídas na província de Cabo Delgado, região que é considerada a mais perigosa de Moçambique. Fonte: dw.com

Um bispo brasileiro, Dom Luiz Fernando Lisboa, de 64 anos, que mora em Moçambique desde 2001, é um dos poucos moradores da região de Cabo Delgado com coragem de conversar com a mídia internacional sobre o terrorismo no país. Segundo ele, os terroristas estão causando destruições no país, homens armados atacam muitas vilas e províncias: “Muitas vezes deceparam as cabeças, queimaram casas e comércio”, relatou o brasileiro para o site cbrnacional.org.br . Desde 2017 houve 823 conflitos armados em Moçambique, sendo 534 deles na província de Cabo Delgado. Além de 396 desses conflitos ocorrerem diretamente contra civis, de acordo com o site https://www.ihu.unisinos.br. Durante o período de terrorismo ocorreram 1678 mortos em todo o país, cerca de 1496 deles na província de Cabo Delgado, onde o bispo brasileiro atua em Moçambique.

Terroristas presentes na região de Cabo Delgado, no extremo nordeste do país. Fonte: plataformamedia.com

Apesar da região de Cabo Delgado ser rica em recursos naturais, como o gás, sua população está em apuros com o terrorismo na península, de acordo com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, (ACNUR), 424 mil pessoas precisam sair de áreas de conflitos, o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, fala em torno de 570 mil pessoas deslocadas de áreas com mais conflito dentro do país africano, desde 2017.

Há mais de um ano, as forças do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral ( SADC ) juntaram-se ao exército moçambicano para ajudar a combater os terroristas e libertar territórios ocupados, mas sempre houve novos ataques no país. O investigador moçambicano Borges Nhamirre, do Centro de Integridade Pública ( CIP ), disse que é preciso continuar a apoiar as ações militares para conter os ataques terroristas dentro de todo o país, mas também que haja diálogo por parte da população: “É importante aprendermos com a nossa história para acabar com este conflito em Cabo Delgado”, afirma Nhamirre para o site https://www.dw.com.

Esta entrada foi publicada em 8th Grade, Português, Reportagens e marcada com a tag , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *