Os grupos de neonazismo crescem no Brasil

Há um número crescente de casos de ataques neonazistas no Brasil

Medalhas neonazistas encontradas na casa de um colecionador neonazista. Fonte: Fantástico

De acordo com o G1, no Brasil os grupos de neonazismo cresceram 270% em três anos. Adriana Dias se dedica a pesquisar sobre neonazismo desde 2002. Ela afirma que existem até 530 núcleos extremistas no país, reunindo até 10 mil pessoas. Ainda segundo Adriana Dias, a falta de leis contra discursos de ódio acaba causando algumas dificuldades para autoridades. Também as células de grupos de neonazismo aumentaram e se expandiram para as 5 regiões no Brasil nos últimos três anos, Os grupos neonazistas têm ódio de pessoas negras, da comunidade LGBT, ódio de imigrantes, anti-semitismo. Eles (neonazistas) postam vídeos de violência, de armas e de caçadores de comunistas. Os grupos neonazistas têm presença hoje em quase todas as regiões, mas as regiões que têm aumentado mais é o centro oeste, mas também tem outros, como Rio de janeiro, Minas Gerais tem tido muitos grupos neonazistas e em Santa Catarina que aumentou 158% no último um ano e meio. Um vídeo foi publicado nas redes sociais por um  neonazista, esse homem identificado como um neonazista, nesse vídeo ele falava sobre neonazismo, e esse vídeo chegou em um brasileiro que mora nos EUA. Antônio (brasileiro) postou um vídeo reagindo ao vídeo do neonazista, ele denunciou o vídeo considerando um crime de incitação ao ódio. Então, Antônio começou a receber muitas mensagens ofensivas, porém uma mensagem chamou a atenção dele que era uma mensagem de ódio. Israel que faz parte de um grupo neonazista foi compartilhado com a polícia, Antônio denunciou Israel para polícia, e Israel foi xingar Antônio, depois disso Israel começou a mostrar dados pessoais de Antônio, coisas do banco, identidade, e  depois da denúncia o advogado de Israel falou que ele nunca participou de organização criminosa que veicule ou que propague apologia ao nazismo, e a polícia do Rio grande do sul investiga esse caso.

 Outro caso aconteceu com Amanda, uma psicóloga do Rio Grande do Sul, que estranhou quando leu uma mensagem de Álvaro. A mensagem dizia que o namorado dela, Sérgio, que é negro, faziapassar vergonha e essa pessoa falou para ela arrumar um namorado que não iria fazer ela passar vergonha. Ele (lvaro) também falava que ela não deveria se relacionar com pessoas negras, porque, segundo ele, os negros exalam um cheiro típico também que pessoas negras foram historicamente separadas de pessoas brancas, de mulheres brancas por oferecerem perigo, que os negros não seriam problema lá onde a natureza dá cabo deles no caso em savanas africana. A primeira atitude de Sérgio foi procurar a polícia. Depois de procurar a polícia, ele divulgou nas redes sociais dele aquele absurdo que havia acontecido, Álvaro foi indiciado por racismo e o caso dele foi enviado ao ministério público. O advogado de Álvaro disse que ele estava tendo uma conversa privada com Amanda quando um rapaz se passou por ela e induziu a conversa para temas raciais e depois vaza trechos na internet. Casos de Alvaro foram restritos na internet podem parecer atitudes individuais, pois segundo a polícia é uma questão de tempo para que as ameaças digitais se tornem um ataque físico.

No Rio de Janeiro, uma operação para prender um homem, chamado Aylson, acusado de pedofilia, acabou resultando na apreensão de vasto material nazista na casa dele. Encontraram muitos materiais de cunho nazista, porém com várias armas tanto armas nazistas quanto armas atuais foram encontradas escondidas em vários pontos da residência. Tiveram que chamar especialistas históricos para identificar o preço dessas armas no mercado ilegal, a polícia confirmou que todas as armas funcionam perfeitamente. O advogado de Aylson diz que o alegado em apologia ao nazismo é um equívoco, já que o acusado é estudioso, autor de livro e colecionador e que as armas antigas eram herança paterna. 

Outra operação da polícia civil confirmou que os grupos neonazistas estão se preparando para sair da internet e ir pras ruas. 14 pessoas de 7 estados foram denunciadas em um mês, quatro foram presas, três no estado do Rio e uma em São Paulo. Segundo a polícia, uma investigação descobriu que um grupo estava realizando treinos para militares em uma área de floresta na zona Oeste do Rio, como revela esse áudio de um integrante de um grupo neonazista. A gente tem treinamento no Mendanha todo final de semana. Toda sexta-feira a gente tá lá de missão, pô. Falta tu aparecer, pô”. Foram cumpridos 31 mandados de busca e

apreensão, inclusive na casa de adolescentes recrutados pelos líderes desses grupos. Pesquisadores alertam que quando um grupo de pessoas se organiza em torno da ideia de que é melhor do que os outros por causa da cor da pele, da religião, da região onde nasceu ou a identidade de gênero e orientação sexual o resultado é violência, já ocorreu várias vezes ao longo da história como na Segunda Guerra Mundial. Para os especialistas isso tem sido levado a sério para que não volte a acontecer.

De acordo com a antropóloga Adriana Dias,  o aumento do número de células neonazistas no país se deve à falta de leis claras contra a apologia ao nazismo e outras intolerâncias, fazendo com que aumente o número de casos de violência ou agressão. 

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